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Nos últimos anos as estratégias de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) estão desempenhando um papel fundamental nas empresas, políticas públicas, na sociedade civil e no ambiente acadêmico, porém com muitas dificuldades para medir e atingir os objetivos estabelecidos.

Esta evolução é marcada por 2 fatores: por um lado, há uma grande influência de multinacionais e consultorias internacionais que estão definindo visões, linhas de ação e uma cultura corporativa global em torno do conceito. Essa influência tem aspectos positivos ao ajudar a definir o roteiro das empresas, mas, ao mesmo tempo, chega em países que têm que implementar visões, políticas e estratégias sem antes analisar as diferenças culturais existentes. Dessa forma, corre-se o risco de homogeneizar a cultura empresarial em torno de um único modelo e visão.

Por outro lado, há um debate social e uma agenda política de grande alcance, que está influenciando as estratégias empresariais. Às vezes, eles aceleram o progresso e às vezes o precipitam. É precipitado porque é preciso evoluir amadurecendo adequadamente e refletindo sobre o porquê dessas estratégias e conscientizando sobre sua necessidade.

É muito importante que as estratégias de DEI não sejam uma imposição. Elas devem ser uma resposta ao interesse e ao bem comum e, portanto, deve nascer do diálogo, do consenso e do compromisso.

E por esta razão é urgente e necessário a construção de um espaço onde seja possível implementar ações de generosidade, mas também respeitar os limites de cada pessoa, visando o seu bem-estar mental e emocional.

Sou Cris Zanata, fundadora do Instituto de Alterismo do Brasil (InsAB), Conselheira de diversidade, equidade e inclusão na RSU Lixo Inteligente e mestranda em Gênero e Diversidade pela Universidade de Oviedo, na Espanha. Trabalhei durante 18 anos em cargos de liderança em Big Four e empresas do setor privado na área de impostos aduaneiros e logística, alcançando o cargo de diretora global de logística em uma empresa de energia renovável espanhola. Atualmente sou pesquisadora sobre inovação social, equidade de gênero e generosidade nas organizações.